Coco Avant Chanel
Filme francês de 2009, é uma biografia de Gabrielle Chanel antes de ela ser o maior nome da moda mundial. Antes do império Chanel, Gabrielle era uma menina órfã e pobre cujo sonho era se tornar cantora. O fato dela saber costurar nunca foi motivo de orgulho e nem era considerada uma boa aptidão dela nesse assunto. Na verdade, Chanel não entendia nada de moda.
“Perdi meu cachorrinho Coco! Alguém viu o Coco? Meu Coco que adoro?”
O nome Coco veio de uma música (“Qui qu'a vu Coco”) que Gabrielle cantava com sua irmã em Montparnasse (em Paris, França). Foi nesse mesmo lugar que Coco conhece Balsan e sua irmã conhece o barão com a qual se junta mais tarde (ascendendo na sociedade, apesar de nunca ser realmente aceita nela). Sozinha e descontente com o fato de ser uma simples costureira, se muda para a casa de Balsan (convencendo-o de ficar por lá por um tempo, tempo esse que foi se arrastando).
“Falo quando tenho algo para dizer.”
Balsan era o herdeiro de uma tradicional e riquíssima família. Apesar de grosseiro, é a primeira pessoa a entender as ‘excentricidades’ de Coco e talvez seja o que mais a amou durante toda vida. Em meio às festas e bailes, Coco passa a conhecer a alta sociedade parisiense. E apesar de criticá-la, achando-a ridícula, cria certa atração por ela e pela sexualidade que ela trazia. Nunca concordou com a moda da época pelo simples fato que não eram confortáveis. Demoravam-se horas para vestir as roupas, impediam os movimentos mais soltos das mulheres e as deixavam muito expostas. De certo modo, Coco era até conservadora, por preferir que as mulheres preservem suas partes corporais e se libertem do machismo de ter que usar algo para agradar o homem.
“A pele é igual em todos os corpos.”
Na casa de Balsan, ela conhece Emilliene, uma atriz de teatro da alta sociedade e amante do próprio Balsan. Apaixonada pelos chapéus singelos e confortáveis de Coco, Emilliene se tornou a primeira “cobaia” para a mente criativa de Coco, que modificava aos poucos a maneira de se vestir. Em uma dessas festas, Coco conhece Artur Capel, um milionário inglês, amigos de negócio de Balsan. Com o apelido de Boy, passa a se aproximar de Coco e a incentivar a nova moda que ela começava a criar. É em uma viagem com ele que ela cria o famoso “pretinho básico”, usado até hoje. É com ele, também, que ela decide voltar a Paris e criar uma chapelaria (criada com o dinheiro dele) abandonando Balsan e seu pedido de casamento.
“Sempre soube que não seria de ninguém.”
Por mais estranho que pareça, quando Coco descobriu que Boy tinha uma noiva e iria se casar, a relação com eles se fortaleceu (apesar de todos os problemas de viverem distantes um do outro). Mas, pouco antes de passarem as férias juntos por um mês, Boy sofre um acidente de carro e morre, trancando o coração de Coco para sempre. Usando sua força e firmando seu rosto firme e carrancudo, Chanel passa a criar modelos de roupas e a vendê-las em sua loja, criando seus desfiles. Assim inicia a era Chanel e acaba o filme. E como ele é muito mais olhar e diálogo, a última cena não deixa de passar em seus olhos vazios e profundos o futuro conturbado que ela terá.
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