Beyond the Sea
Filme estadunidense protagonizado e roteirizado por Kevin Spacey, foi filmado em 2004 e conta a história de Bobby Darin. Seu nome verdadeiro é Walden Robert Cassotto e ficou muito conhecido por suas canções e atuações em filmes hollywoodianos.
“Lembranças são como raios de luar. Fazemos o que quisermos com elas.”
Vítima da febre reumática, que o manteve na cama durante toda a sua infância, era garantido que não iria viver até os 15 anos. Foi abandonado pelo pai e criado pela mãe, aprendendo a cantar e dançar desde cedo. Ao perceber que poderia viver muito mais do que aquilo que os médicos garantiram, começou a correr atrás de uma carreira como cantor. E assim ele lança aquela música que o tornaria em um ídolo para os adolescentes: Splish Splash.
Resolve também atuar nos cinemas de Hollywood, onde conhece a sua futura mulher e também estrela de cinema: Sandra Dee. Ela ainda era jovem, tímida, recatada e limitada pelas opiniões de sua mãe. Depois de conhecer Bobby, começa a se libertar e troca sua mãe por Bobby (quando viu que não havia como manter os dois). Depois de casados, começaram a disputar o estrelato e sucesso. Tudo começou a desandar quando Sandra teve um filho (Doddy, que mais tarde iria escrever um livro sobre o relacionamento dos dois) com ele e não conseguia criá-lo. Além disso, não podia atuar em seus filmes ao ter que sair em turnê com seu marido.
“Não se pode errar com a verdade.”
É perceptível como a ambição de Bobby Darin movimentou a vida dele. O objetivo que ele havia criado com a mãe era em ser mais famoso que Frank Sinatra. No final, ele realmente o conseguiu, apesar de sua mãe não viver o suficiente para poder vê-lo. Ganhou muitos prêmios e ganhou destaque nas rádios e nos cinemas. No auge da fama, se mostrou extremamente perfeccionista, beirando ao exagero. Apesar disso, agradava a todos, principalmente aos participantes de sua banda.
Sendo contra políticas conservadoras (fato perceptível ao colocar um comediante negro numa época que isso não era aceito), Bobby Darin passa a se engajar politicamente, sendo contra a Guerra do Vietnã e apoiando Bobby Kennedy. Paralelamente, suas músicas começaram a sair de moda e o cinema enfraqueceu, passando a pegar filmes fracos e sem visibilidade.
“Talvez não tenha tido um pai, mas você teve duas mães.”
Quando finalmente decide entrar na política, sua irmã revela ser a verdadeira mãe dele (e sua mãe era, na verdade, sua avó), para que ele não possa ser prejudicado depois. Em choque, ele se isola, arrebenta todas suas recordações de um passado glorioso e se isola num trailer (é nesse momento que ele abandona Sandra Dee). Lá ele passa a criar canções políticas que, em público, não fazem sucesso. Todos queriam ouvi-lo cantar Dream Lover, uma de suas canções mais famosas do passado. Para piorar, ele foi taxado de hippie, uma ofensa para a época. O plano que ele havia construído com sua mãe havia acabado. Infelizmente, sua doença do passado não o havia esquecido e Bobby Darin morre numa cirurgia do coração em 1973 aos 37 anos.
“Não é assim que acaba. Bobby Darin não morre.”
O filme mostra sempre o lado criança de Bobby Darin ao mostrar ele, em sua forma de menino, como espectador dos shows e principais momentos da vida do grande cantor. Ele veria essa criança sempre. E ela ficou com ele até a sua morte. A estrela Bobby Darin nunca morrerá, mas a criança sim. E a vida segue. E muitas serão como a dele: sem limites.
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