segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bonnie e Clyde


Bonnie Parker e Clyde Barrow são uns dos vilões mais queridos do cinema. Baseado na história real dos dois grandes ladrões de bancos dos EUA na época da Grande Depressão (anos 30), o filme ficou conhecido por criar uma nova forma de fazer filmes. 

Além de ganhar oscar de melhor atriz coadjuvante (Estelle Parsons) e melhor fotografia, o filme contou com Warren Beatty como Clyde e Faye Dunaway como Bonnie, dois atores de peso em Hollywood. Ele ganhou fama por retratarem, pela primeira vez, os bandidos como os mocinhos da história. Não há uma pessoa no mundo que havia visto o filme e não queria que eles se dessem bem no final. Além disso, o filme também conta com cenas que saem da comédia para a violencia rapidamente, como se os dois estivessem sempre ligados.

Nos anos 60, quando foi lançado nos cinemas, o filme trouxe bastante polêmica e se tornou um dos preferidos entre os jovens. Hoje figura como o 41º melhor filme americano no American Film Institute

ps: não dá também para não reparar no carro dos bandidos, um autentico Ford V8. Lindo! Hoje é possível vê-lo todo baleado no Museu do Crime de Chicago. 

domingo, 18 de setembro de 2011

O Custo da Coragem


O nome desse filme deveria ser: Quem matou Veronica Guerin?

Apesar de ser um título óbvio com uma resposta mais óbvia ainda (para quem viu o filme), é exatamente em torno dessa pergunta que a história toda gira (mesmo que só no final ela morra, não no começo, criando certa aura de mistério).

Veronica Guerin é uma jornalista investigativa do Sunday Independent que vivia na Irlanda. Apesar de só ter iniciado a carreira depois dos 30 anos, aos 38 foi morta ao descobrir a ligação entre a máfia e o tráfico de drogas de Dublin, capital irlandesa. O incrível é perceber como ela fez a diferença. Depois que morreu, muitos ligados ao tráfico foram presos e a criminalidade diminuiu 15% no país.

Esse é o segundo filme que tem a vida da jornalista como temática. E, no filme, quem faz o papel de Veronica não é ninguém menos que Cate Blanchet, grande atriz australiana. O filme é altamente recomendável para aqueles que são da área de jornalismo ou por aquele que tem interesse por pessoas que fizeram de suas próprias vidas uma causa justa e não morreram em vão.

sábado, 10 de setembro de 2011

Pocahontas


Já estava com vontade de ver esse clássico da Disney de 1995 depois de ter visto Avatar e rever Tarzan. É basicamente uma história do início da "descoberta" do Novo Mundo e o conflito entre o indígena e os futuros colonizadores. Pocahontas vive uma história de amor quase shakeasperiano com o Capitão Smith, um autêntico militar inglês. Os dois passam a respeitar o mundo de cada um e aprenderam a se amar apesar das diferênças. É uma história lindinha e cheia de músicas boas.

O que não são muitos que sabem é que Pocahontas foi baseada numa história real, só que com um final bem diferente. O povo dela sofreria as consequencias da colonização e ela, depois de se casar com um inglês, vai para a Inglaterra e morre aos 22 anos depois de sete meses na Europa. Ela odiou o velho mundo e morreu devido a doenças deles, após de servir (literalmente) de circo para uma população inglesa curiosa. Triste e intenso. 

Muitos criticam a Disney por mudar os fatos originais (o capitão Smith também nunca teria sido o amor da vida dela, mas apenas um que realizou uma diplomacia entre os dois povos para que retardasse a destruição da tribo).Mas acredito que o objetivo do desenho não é retratar a realidade, mas sim criar uma história nova que desperte a curiosidade da criançada (e dos amantes de animações, como eu). Quem não ficaria com vontade de conhecer a vida desses indígenas ou a corrida do ouro que os ingleses provocaram. Inclusive, por fim, vou apresentar uma parte de uma das principais músicas de Pocahontas, que retrata até mesmo a atualidade. Ou vocês acham que a personalidade das pessoas mudaram tanto assim de 500 anos pra trás até os dias de hoje? Quem dera...

O que esperar desses pagãos nojentos?
Dessa maldita raça e horrível cor
Eu sei o que merecem
São bons quando falecem
São bichos, animais, ou pior

São bárbaros, bárbaros
Não são nem humanos
Bárbaros, bárbaros
vamos atacar
Afastem-os daqui
Eles merecem guerra
Os tambores vão rufar

São bárbaros, bárbaros
Índio é uma fera
Que teremos que matar

Era o que eu temia
O branco é um demônio
Dinheiro é o deus
Em que eles crêem

Bem sei que os brancos são
Vazios no coração
Nem sangue acho que eles têm

São bárbaros, bárbaros
Não são nem humanos
Bárbaros, bárbaros

Gostam de matar


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Uma Noite em 67


O documentário Uma Noite em 67 mostra o festival da TV Record que aconteceu em 1967 (claro, né?), no auge da Ditadura Militar. Só com cantores de ponta, o evento se tornou um dos mais famosos do Brasil e lançou a carreira dos grandes musicos do MPB.

O ganhador do festival foi o Ponteio de Edu Lobo. A música, que mescla poesia com política havia chamado a atenção de todos. Mas a que saiu com maior fama foi a Roda Viva de Chico Buarque em 3º lugar no festival. É impressionante como as pessoas vibravam com a música e o carisma de Chico. Outra música que também chama atenção é a Alegria, Alegria (que ficou como 4º colocado) que talvez seja a música mais famosa de Caetano Veloso.

Interessante também foi resgatar boas músicas que sumiram da mídia com o tempo, como Maria, Carnaval e Cinzas (que ficou em 5º lugar) de Roberto Carlos e Domingo no Parque (em 2º lugar) com Gilberto Gil e Os Mutantes (quando nem eram uma banda tão conhecida na época). Inclusive, o festival foi importantíssimo para a formação do Tropicália, um dos movimentos musicais mais importantes do Brasil.

Agora, imperdível é a cena em que Sérgio Ricardo perde a paciência com o público, quebrando e jogando o violão em cima deles enquanto cantava Beto Bom de Bola. Isso mostra também a falta de maturidade do público em receber shows. Ficou até comprovado que havia um grupo combinado para vaiar durante todo o evento. Coisa de louco, viu?


ps: O documentário também contou com entrevistas com os músicos da época. Excelente