quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Apanhador de Sonhos

Atenção: O filme é comentado do início ao fim, podendo conter spolier.

Dreamcatcher

Filme estadunidense produzido em 2003, é mais uma adaptação de Stephen King para o cinema. Foi, em geral, fiel ao livro, mas dividiu os fãs no cinema por ser uma ficção científica, não um terror psicológico, como era o esperado. Apesar do roteiro monótono, os efeitos especiais são intensos e o realismo do filme foi capaz de causar enjôos e náuseas para quem via o filme.

Duddits é, talvez, o principal personagem do filme. Pode não aparecer muitas vezes, mas sua presença é firme durante o filme inteiro. Com síndrome de Down, tinha a aparência frágil e indefesa. Depois que Beav, Jonesy, Henry e Pete o salva de alguns garotos, se tornam próximo o resto da vida. Não somente isso, como Duddits também deu a cada um o dom da telepatia, no qual eles poderiam ouvir o pensamento um do outro e mais um dom especifico que não foi completamente esclarecido.

Depois de algum tempo separado, os quatro se reúnem na cabana que têm na neve para conversar e caças, reunião essa que foi atrasada pelo atropelamento de Henry provocado por Duddits (ou pela miragem do próprio). O conflito do filme começa com a presença de um vírus que invadia humanos e animais. Logo depois, percebem que os militares cercaram o local e estão em quarentena. Porém, é quando recebem um homem aparentemente doente (e fedorento) na cabana que eles selam seus destinos.

Beav é o primeiro a morrer, pela imprudência de correr atrás de um palito de dente usado por ele para mastigar. Assim, o monstro invade o corpo de Jonesy (não consegue matá-lo por achar que ele já estava morto – por causa do atropelamento) e tenta arranjar uma forma de sair da tal quarentena. Logo nasce o conflito na mente de Jonesy, que tinha o poder de separar suas lembranças em locais específicos da mente. As lembranças consideradas verdadeiros segredos foram trancadas à distância do ET. Pete, que havia sobrevivido por causa de seu dom de saber a direção de onde estão as coisas, é morto pelo monstro por insistir em não contar o tal segredo escondido na mente de Jonesy.

Paralelamente, ocorre todo um planejamento militar para a contenção do monstro. É nesse ponto que descobrimos que os quatro amigos não são o ponto principal do conflito, mas sim parte dele. Abe Curtis é o militar que enlouqueceu por passar tanto tempo atrás de alienígenas e ser afastado do cargo após de chegar tão perto de um.

Henry é posto dentro do campo onde estão as outras pessoas contaminadas (pelo visto, ele não se contaminou) após de botar fogo na própria cabana (e impedir que os vermes e seus ovos se multipliquem) e descobre que Abe que explodir o lugar e matar a todos. Nisso, com seu dom de manipular os sentimentos das pessoas, acaba por convencer um soldado a soltá-lo e ajudar a achar e matar o monstro. Nisso, Curtis enlouquece de vez e faz de tudo para matar o soldado que se opôs a sua ordem.

Num plano inteligente, o monstro segue à caminho do tratamento de água de Boston, onde colocaria um verme no encanamento e assim envenenaria o mundo todo. Henry finalmente percebe que o monstro é o tal Mister Gray que tanto Duddits falava e o busca para sair atrás do monstro (que foi facilmente encontrado graças á ligação telepática entre Jonesy e Henry). Ao chegar, o soldado se dispõe a matar o monstro, mas acaba encontrando Curtis no helicóptero, no qual entram em uma luta intensa que acaba com os dois mortos. Mas a verdadeira surpresa do filme acontece quando o ET sai do corpo de Jonesy (que continua vivo) e Duddits se revela outro ET, na qual eles lutam até se implodirem e a ameaça alienígena acaba.

Acima de tudo, o filme é uma experiência de Stephen King no campo da ficção científica. É perceptível o uso do jogo da mente e a importância dada ao caráter das pessoas. Mas também é visível que a paranormalidade não é o foco do filme, mas apenas uma ‘marca ilustrada’ do próprio autor. Só pra não perder o gostinho.

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