domingo, 24 de outubro de 2010

Sherlock Holmes

Atenção: O filme é comentado do início ao fim, podendo conter spolier.

Filme estadunidense produzido em 2009, trouxe de volta para as telas a série policial (e cômica) de Sherlock Holmes e Dr. Watson. O último filme dessa série foi feito em 1988 (com o filme Sherlock e Eu). Foi baseado nas histórias de Sir Arthur Conan Doyle (médico) e tudo acontece por volta de 1981, na Londres vitoriana. Mas não voltou como continuação ou refilmagem, mas sim como uma reinvenção da saga de aventuras do detetive particular. Levou o Globo de Ouro de "melhor ator" e foi dirigido por Guy Ritchie.

Sherlock Holmes é o detetive particular espertão e desajeitado, com seus hábitos peculiares. Mestre das artes marciais, domina o baritsu e o boxe. Assim, é capaz de ter a previsão certeira e antecipada dos golpes que irá infringir e receber. A sua sede de curiosidade e espírito científico e tecnológico o torna um inventor (e experimentador - rãs e cachorros que o digam) para a época. E um grande conhecedor de produtos e reações químicas.

John Watson é médico e veterano de guerra, fiel companheiro de Holmes. Forte e ágil, está lá para fazer funcionar o lado racional de Holmes. No filme, há um conflito entre eles, pois Watson vai se casar com a Sra. Mary. Com o casamento a vista, o doutor decide não se aventurar mais nas investigações de Holmes, mas o ciúme gerado um pelo outro causa até certa tensão sexual entre eles. Quer dizer, pelo menos o filme tentou transparecer isso.

Blackwood é o vilão da história, que se mostra completamente oposto a Holmes. Ele se diz detentor da magia negra e causa a morte de diversas pessoas de maneira muito estranhas, como, por exemplo, ser enforcado e ressuscitar, fazer um pegar fogo ao atirar e outro se afogar em sua própria banheira. Filho bastardo de um dos lordes da Câmara de Londres, concebido em um ritual no estilo maçom, resolve se vingar de todos e tomar o poder de Londres, querendo matar a todos da Câmara que não lhe fossem fiéis a ele. A missão de Holmes e do delegado Lestrade é impedir isso. Inclusive, não tem como deixar de perceber o quão a Scottland Yard é mau vista. Ineficiente, atrasada e atrapalhada, acaba por depender quase que completamente de Holmes, apesar de serem bastante orgulhosos e se acharam superiores. Viu só? Caricaturaram a melhor polícia do mundo. Não que tudo seja completamente mentira.

Tão oposto quanto Blackwood é amor da vida de Holmes, Irene Adler. Ladra, a única capaz de enganar Holmes algumas vezes, reaparece trabalhando para o professor Moriarty. Esse professor estava atrás de uma única tecnologia de Blackwood que provavelmente iria mudar o mundo como nunca havia visto antes: o controle remoto. É uma bela homenagem para um objeto que, hoje, é crucial no nosso dia a dia.

Por fim, Holmes e sua turma conseguiram deter Blackwood que acabou por se enforcar e morrer (só que dessa vez de verdade). E Holmes consegue provar aquilo que sua mente sempre te disse: não há magia (nem negra, nem branca). Eram truques de mágica que ganharam credibilidade com o medo gerado pela superstição e a reputação de Blackwood. Esses truques incluíam uso de ervas, reações químicas, medicina antiga e moderna, etc.

Agora, o maior personagem do filme não é Holmes ou alguém da sua turma, mas sim a cidade Londres. Toda sua geografia faz parte dos filmes e a construção da Ponte de Londres, moderníssima para sua época, mostram todo o esplendor de uma Londres Vitoriana sob o signo do progresso industrial. Muito show.

2 comentários:

  1. Irene Adler não é a única capaz de enganar Sherlock, sua irmã o enganou facilmente quando fugiu de casa.

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