terça-feira, 2 de março de 2010

Forrest Gump: o contador de histórias


Atenção: O filme é comentado do início ao fim, podendo conter spolier.

Forrest Gump


“Run, Forrest, run!”

É um filme norte-americano do gênero drama lançado em 1994. Estrelado por Tom Hanks e considerado uma grande crítica à sociedade do Estados Unidos (afinal, um cara de QI de 75 ser um herói e fazer parte da história do país?). O filme é recheado de prêmios: na categoria de “melhor filme”, levou Oscar, Globo de Ouro, Prêmio Saturno e Prêmio Eddie; em “melhor ator principal”, levou Oscar, Globo de Ouro e Screen Actors Guild Awards; em “melhor efeitos especiais” levou Oscar e Bafta; em “melhor diretor” levou Oscar e Globo de ouro; em “melhor roteiro adaptado” e “melhor edição” levou Oscar; em “melhor ator coadjuvante” levou Prêmio Saturno.

“A porta da frente nem sempre é a mais bonita”

O filme é uma verdadeira reflexão sobre o destino das pessoas. O personagem Forrest não possui iniciativa própria e é levado por uma correnteza de acontecimentos. As quais são surtiram bons efeitos pela sua personalidade pura, gentil e ingênua. O filme faz reflexões sobre coisas do dia a dia que não pensamos. Por exemplo, o sapato. Através do sapato podemos descobrir muito das pessoas (por onde ela anda, por onde estiveram). Mas a mais importante e silenciosa reflexão foi sobre a pena do começo e do fim do filme. Ela pode ser vista como uma oportunidade: passa por você enquanto está desprevinido, restanto apenas a própria pessoa se vale apena dar-lhe atenção ou a deixar passar adiante. Como o próprio filme diz “Todos têm um destino, mas também somos capazes de flutuar na brisa como uma pena”.

“Eu não sou esperto, mas sei o que é amar.”

Como a frase diz, ser intelectualmente incapaz, não o torna desprovido de amor. E algumas vezes sabe amar mais que os outros. Honrando a palavra ao Bubba (que o tempo quis ter uma vida simples, mas morreu na guerra), mosta sua própria companhia de camarões a partir de um barco e enriquecendo, doa um bom dinheiro à sua família. Fez com que o Tenente Dan reaprendesse a viver, mesmo depois de ter perdido as pernas. E em todos os momentos, foi capaz de amar por toda sua vida a Jenny, fadada a ter um destino cruel, começando do pai que a abusava, depois sendo expulsa da faculdade, tendo que se prostituir, entrar no mundo das drogas, se tornar uma Hippie radical e, por fim, morrer de AIDS ainda jovem. No fim, Forrest fica aliviado por saber que seu filho não tem nenhum problema mental e o ama da mesma maneira que sua mãe o amou por toda a vida dela (mesmo ela não sendo mentalmente incapaz).

“A vida é como uma caixa de bombons, nunca se sabe o que vem dentro.”

O próprio nome de Forrest já tem uma curiosidade: é uma homenagem a um herói de guerra que se tornou um dos principais membros do Ku Klux Klan. Mas um dos pontos essenciais do filme é o uso de efeitos especiais para colocar Forrest dentro da história norte-americana. Guerra do Vietnã, movimento hippie, panteras negras, ingresso dos negros na faculdade, chegada do homem na lua, Elvis Presley, caso Watergate, Furacão Carmen, ações da Apple (antes do estrondoso sucesso dela), Criação de idéias famosas como o “smiles” e “shit happens”, Guerra Fria, inspiração de John Lennon com a música Imagine e os presidentes que Forrest conhece pessoalmente: John Kennedy, Johnson, Nixon e Wallace. Essa participação toda mostra como o personagem foi importante e como ele se tornou capaz de crescer e MUITO na vida.

Acredito que no final, é como a mãe de forrest sempre diz:

“Idiota é quem faz idiotices”

2 comentários:

  1. Perfeito comentário referente ao filme!
    Incrivelmente faz poucos dias desde que resolvi assisti-lo, mas achei um ótimo filme, como grande maioria das pessoas que o assistiram.
    Parabéns!

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  2. Eu assisti esse filme ainda jovem com quatorze anos la pelos anos oitenta mais ainda me recordo de algumas cenas

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